Executivos descartam produzir Heineken no Maranhão e culpam política tributária equivocada de Flávio Dino
Em entrevista ao programa Nova Manhã, da Rádio Nova FM, no início da manhã desta segunda-feira (23), o senador Roberto Rocha (PSDB) revelou o teor de uma conversa recente que teve com executivos da Brasil Kirin, segunda maior cervejaria do país, que fabrica, entre outras marcas, a Heineken, muito apreciada mundialmente e com número expressivo de consumidores no Maranhão. Segundo o político, os dirigentes descartaram produzir a cerveja no estado, apesar de a empresa ter uma unidade no município de Caxias, e atribuíram à política tributária equivocada e voraz do governo Fávio Dino (PCdoB) o desinteresse por investir no mercado maranhense.
Roberto Rocha disse ter ficado estarrecido ao ouvir dos executivos da Brasil Kirin que o governo Flávio Dino inviabiliza a produção local de Heineken. Os representantes da cervejaria alegaram ao senador que o aumento de 25% para 28,5% da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 28,5% sobre a cerveja, associado à cobrança diferenciada de imposto (só 12%) para a marca Magnífica, da concorrente Ambev – ato que está sendo contestado no Supremo Tribunal Federal (STF) -, torna o investimento desinteressante.
Com tamanha desigualdade fiscal imposta por Flávio Dino e sua equipe fazendária, a Heineken nem projeta montar uma linha de produção no Maranhão, cujo mercado é abastecido pela cervejaria instalada pela Brasil Kirin no município de Alagoinhas, na Bahia, onde a empresa já investiu mais de R$ 350 milhões nos últimos dois anos. O custo com frete, somado ao imposto elevado, acaba tornando a marca mais cara para os maranhenses.
Ao privilegiar uma só marca de cerveja com alíquota de ICMS menor, Dino não só torna a Heineken inacessível ao bolso da maioria dos maranhenses, como impede a geração de número significativo de postos de trabalho e de renda para o Maranhão.
Por Daniel Matos