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Consórcio Nordeste anuncia suspensão da compra de doses da vacina Sputnik-V

O governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), anunciou nesta quinta-feira, 5, a suspensão da compra de 37 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Sputnik V. A decisão foi tomada após reunião realizada nesta manhã com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), responsável pelo fornecimento do imunizante.

“A partir de uma decisão da Anvisa, que faz uma alteração no padrão de teste, junto com a não inclusão do Ministério da Saúde da vacina Spunik no Plano Nacional de Vacinação e a falta da licença de importação, nós tivemos a suspensão da entrega dessas vacinas”, diz em vídeo o governador Wellington Dias. Esse somatório de fatores, explica, levou à suspensão da entrega da vacina “até que se tenha uma autorização do uso do imunizante” no País.

No início de julho, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a Sputnik não seria incluída no PNI, uma vez que já existe um volume suficiente de outras vacinas encomendadas pelo governo federal. “Se não fosse essa declaração, já daria para dizer que no dia 28 chegaria a primeira etapa do 1% liberado pela Anvisa. Tinha um compromisso de entrega do volume completo até o mês de setembro”, afirmou Wellington Dias em entrevista ao Estadão no final do último mês.

Após impasses para a chegada da Sputnik V e demora na definição de cronograma de envio do imunizantes para o Nordeste, Estados como Mato Grosso do Sul e Minas Gerais demonstraram desânimo quanto à aquisição da vacina. Mas não se tinha, até o momento, confirmação de que os negócios com o Consórcio Nordeste teriam sido suspensos.

A confirmação só veio nesta quinta-feira. Com isso, o Fundo Soberano Russo informou que as vacinas que seriam destinadas ao Brasil serão enviadas agora para o México, Argentina e Bolívia, e que, assim que o Brasil decidir, as vacinas estarão disponíveis para envio imediato para atender à necessidade do povo brasileiro.

Em julho, a Argentina, um dos primeiros países a usar amplamente a vacina russa, aumentou a pressão sobre a Rússia e ameaçou romper o contrato de compra por causa dos atrasos na chegada de segundas doses. Os atrasos começaram a comprometer sua campanha de imunização contra a covid-19. Depois das reclamações, o governo russo afirmou que resolverá os atrasos nas entregas da vacina.

Por Terra

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