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Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em residência de médico suspeito de chefiar esquema de “pirâmide financeira” no Maranhão

Dando continuidade às investigações que se destinam a apontar autoria e materialidade, do que pode ser um dos maiores esquemas de fraude financeira do país, com movimentações bancárias milionárias, a Polícia Civil do Maranhão, por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital – SPCC, 4º Distrito Policial do Vinhais e Delegacia de Defraudações, deu inicio à Operação Ramessés a qual culminou com o cumprimento de três(03) mandados de busca e apreensão domiciliar.

O alvo da operação, o médico Abdon Murad Júnior está proibido de deixar a capital maranhense teve o passaporte apreendido e está usando tornozeleira eletrônica. O médico cirurgião do aparelho digestivo, Abdon Murad Júnior, é investigado por suposta formação de pirâmide financeira, onde supostamente teria aplicado diversos golpes no Maranhão e em outros estados.

Abdon Murad Júnior afirmou que não vai se manifestar sobre as investigações e ele não foi preso.

O apartamento do presidente do Conselho Regional de Medicina do Maranhão, Abdon Murad, também foi alvo da Operação Ramessés da Polícia Civil. De acordo com o Superintendente de Polícia Civil da Capital, delegado Carlos Alessandro, o pai de Abdon Murad Júnior acabou recebendo também a visita dos policiais em decorrência do fato de pai e filho estarem residindo juntos.

Na Operação da Polícia Civil, foram apreendidos documentos, computadores e celulares. Os imóveis alvos da investigação foram dois residenciais no Condomínio Ilê na Península (Ponta d´Areia), um de Abdon Murad e outro de Abdon Murad Júnior, e uma sala comercial na região do São Francisco sede da empresa AMJ Participações também é investigada.

De acordo com o delegado Carlos Alessandro, a operação ocorreu após 8 meses de investigações. O objetivo da ação policial é robustecer o acervo probatório do inquérito que tramita no 4° Distrito Policial. A operação contou com a participação de policiais do 4º DP, 9º DP, 12º DP e Delegacia de Defraudações, Seccional Sul.

O esquema

Segundo a Polícia Civil, investidores eram atraídos pela promessa de lucros de até 15% ao mês sobre o aporte financeiro enviado para a empresa AMJ, que acabou fechando e deixando todos no prejuízo.

“Não é possível dar com exatidão o número de vítimas porque são muitas. Na proporção que as notícias são veiculadas, mais vítimas procuram a polícia. Mas posso dizer que são dezenas”, afirmou o superintendente de Polícia Civil da capital, Carlos Alessandro.

A polícia civil investiga um vultoso esquema com indícios de crime contra a economia popular, lavagem de dinheiro e estelionato, de acordo com os policiais, o esquema pode ter movimentado mais de R$ 500 milhões, o que seria uma das maiores fraudes financeiras do país.

“Consideramos um dos maiores esquemas fraudulentos do Brasil, que era chefiado por um médico aqui da cidade. Várias vítimas procuraram essas unidades e noticiaram sucessivos casos se apresentando supostos de golpes de estelionato e emissões de cheques sem provisões de fundo”, disse Carlos Alessandro.

A Polícia civil estuda a adoção de outras medidas com objetivo de esclarecer os fatos e encaminhar os autos ao poder judiciário. O inquérito sobre o esquema tramita em sigilo e a Polícia Civil estuda a adoção de outras medidas nas próximas fases da investigação.

“Durante a investigação há outros indícios de possível associação criminosa, pessoas que captariam os investidores, crimes de lavagem de dinheiro, crimes tributários. Talvez a movimentação daquelas contas não condizem com o patrimônio que ele [Abdon] declara para a Receita Federal. Essa certeza desses crimes só poderão ser obtidas nas próximas fazes da operação”, declarou Jânio Pacheco, delegado de Defraudações.

Informações: Superintendência de Polícia Civil da Capital – SPCC / O Machado do Maranhão

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