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Justiça do Trabalho busca nova mediação entre patrões e empregados para finalizar greve dos rodoviários na Grande São Luís

No fim da tarde desta terça-feira (26), a Justiça do Trabalho no Maranhão divulgou uma nota pública sobre a greve dos rodoviários na Região Metropolitana de São Luís, que chegou ao sexto dia com paralisação total da frota de ônibus. Na nota, a Justiça do Trabalho afirma que, como pacificadora dos conflitos trabalhistas, vem buscando uma nova mediação entre patrões e empregados do setor de transportes.

Ainda segundo o órgão, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, desembargador José Evandro de Souza, fez audiências isoladas nesta terça com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA), Sindicato das Empresas de Transportes (SET) e município de São Luís.

“O presidente comunicou a todos os envolvidos o resultado das conversas e aguarda que, os sindicatos patronal e dos empregados, acolham a proposta que lhes apresentou como resultado da conversa com o município”, disse a nota da Justiça do Trabalho.

Também se manifestou sobre o movimento grevista, nesta terça, o Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA). Segundo o órgão ministerial, ele não foi acionado pelos sindicatos para agendamento de uma terceira audiência de mediação.

O MPT-MA ressalta que já realizou duas audiências de mediação, sendo uma na última sexta-feira (22) e outra no sábado (23), todas sem um resultado que desse fim à greve dos rodoviários. Uma terceira audiência aconteceria nessa segunda (25), mas foi cancelada por causa da reunião da Prefeitura de São Luís, que se estendeu até a noite e terminou sem negociação entre as partes.

Durante reunião na sede da Prefeitura de São Luís, entre o Sindicato dos Rodoviários, SET e o prefeito Eduardo Braide (Podemos), os empresários do setor de transportes ofereceram um reajuste de 2% nos salários dos trabalhadores do sistema rodoviário. A categoria negou a oferta e decidiu manter a greve.

A reunião no Palácio de La Ravadière acabou inviabilizando a terceira reunião dos empresários e rodoviários com o MPT-MA, que vem intermediando as negociações entre a categoria e os empregadores.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, o prefeito Eduardo Braide se comprometeu em conseguir uma nova saída até a próxima quinta-feira (28). Esta resposta dependerá do que a gestão municipal definir para atender as demandas apresentadas pelos empresários.

Quem também se manifestou sobre a greve no setor de transporte público na Grande Ilha, foi a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB). A agência informou que “permanece em diálogo com as categorias a fim de que o problema seja logo solucionado, acompanhando as negociações e por se tratar de uma greve de mão de obra, o sistema semiurbano de transporte também acaba sendo afetado”.

Setor comercial pede fim da greve

Nesta terça, as entidades do setor comercial também divulgaram nota sobre a greve dos rodoviários na Grande São Luís. A Associação Comercial do Maranhão (ACM), Associação Maranhense de Supermercados (Amasp), Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), em nota conjunta, falaram em momento de pandemia e as dificuldades do setor comercial diante da crise sanitária causada pela Covid-19 e pediram o fim da greve.

Os empresários deixaram claro que a pandemia ainda não passou e que os prejuízos ao setor ainda se mantêm.

As entidades lembram que o momento é de recuperação, mas que a greve no transporte coletivo trará mais prejuízos.

“Em um momento em que o comércio ludovicense inicia a recuperação das vendas, após amargar meses de prejuízos decorrentes da pandemia, a paralisação dos ônibus coletivos impõe mais uma queda no faturamento das empresas e riscos à retomada dos empregos às vésperas do período natalino”, diz a nota.

Ainda é solicitado na nota conjunta que a Prefeitura de São Luís, o Sindicato dos Rodoviários e também os empresários do sistema de transporte público possam se alinhar para encerrar a paralisação.

Seis dias sem ônibus na Grande São Luís

Enquanto trabalhadores e patrões não conseguem chegar em um acordo, há seis dias mais de 700 mil usuários estão sem ônibus na ilha de São Luís.

Por Imirante | O Estado

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