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Vídeo: Moradores de prédio que desabou parcialmente e corre risco de cair em Fortaleza relatam como escaparam sem ferimentos

Moradores do prédio no Bairro Maraponga, em Fortaleza, que desabou parcialmente e corre o risco de ruir, passaram a madrugada deste domingo (2) num misto de tristeza, revolta e alívio por terem saído sem ferimentos e incerteza quanto ao destino de suas moradias. Após deixarem suas residências, muitos foram dormir em casas de parentes ou conhecidos. Alguns, entretanto, passaram a noite na rua onde moravam.

Por volta das 17h deste sábado (1º), o prédio residencial teve a estrutura danificada após colunas de sustentação romperem e o prédio cair, esmagando o térreo. Alertados por estalos, os moradores das 16 unidades deixaram o local a tempo e ninguém se feriu. De acordo com a Defesa Civil de Fortaleza e o Corpo de Bombeiros, há risco real do imóvel desabar completamente a qualquer momento. Outras 12 casas vizinhas ao edifício tiveram danos e os moradores foram evacuados.

“Eu estava no quarto, tinha acabado de sair do banho e senti que o prédio balançou. A gente saiu descendo as escadas correndo e avisando pro pessoal que [o prédio] estava desabando. Graças a Deus eu saí com vida”, contou o coordenador de logística Roberto Patriolino, morador do local. “Ninguém consegue nem dormir, eu não vou nem pregar o olho, mas vou ficar na casa da minha noiva essa noite”.

Roberto relatou ao G1 que perdeu tudo: carro, computador, que era seu instrumento de trabalho, celular, notebook, documentos e todos os móveis do apartamento.

‘Pressentimento’

A vendedora Roberta Veras não estava no apartamento no momento do desabamento e foi ao local durante à noite após o ocorrido. Ela disse que morava no prédio há seis anos, mas teve um pressentimento e já estava há alguns dias dormindo na casa da mãe. “Têm dois ou três meses que eu estava achando estranho, vendo rachaduras. Eu tive um pesadelo, que o prédio estava caindo e comecei a ir para minha mãe com o meu filho”, afirmou.

Não foram apenas os condôminos que tiveram prejuízos. Moradores do entorno também tiveram suas residências destruídas após o desmoronamento. É o caso do montador Leonardo Rodrigues, que vivia com o pai numa casa ao lado do prédio, também destruída com o impacto do desabamento do edifício.

“Não tem canto certo pra gente dizer onde vai passar a noite. Já coloquei umas coisinhas que tenho na casa do meu primo, mas o resto das coisas, vai demorar muito tempo para resolver. Ninguém sabe como é que vai ser. Vamos esperar a resposta da Defesa Civil”, disse.

Solidariedade

Um grupo de mulheres preocupadas com o ocorrido e querendo ajudar de alguma forma se voluntariaram e levaram sopas e outros alimentos os moradores desalojados na Travessa Campo Grande.

A Defesa Civil do Município de Fortaleza informou que enviou duas equipes do Núcleo de Ações Emergenciais ao local para realizar uma vistoria e isolar a área, além de dar apoio às famílias.

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar também estiveram durante a noite no local para dar apoio e assistência. A área foi isolada com uma faixa para evitar que curiosos ou moradores se aproximem do imóvel.

Por Barbara Sena e Germano Ribeiro, G1 CE

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