OAB Maranhão ajuíza ação civil pública contra o estado em favor dos alunos do curso de formação da PMMA
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão (OAB/MA), protocolou, na manhã de ontem, 20, na 6ª Vara Federal Cível da SJMA, uma Ação Civil Pública contra o Estado do Maranhão e em favor dos alunos do curso de formação oriundos do concurso público realizado em 2017 para PMMA, em defesa da sociedade.
Na ação, a Seccional Maranhense da Ordem pede que o Estado do Maranhão divulgue a listagem atualizada sobre a classificação dos candidatos e vagas, assim como se abstenha de dividir o Curso de Formação permitindo aos candidatos a realização do curso até a conclusão de toda a carga-horária prevista, bem como sejam convocados todos os candidatos que concluíram o Curso de Formação para que sejam empossados nas suas respectivas funções.
No mês passado, a OAB Maranhão promoveu uma audiência pública com diversos candidatos do concurso e que contou com a presença de parlamentares na tentativa de ajudar os concursados da PM que não foram nomeados no Maranhão. Na oportunidade, a OAB deu um prazo de 15 dias para que o Estado resolvesse a situação administrativamente.
“Mais uma vez a OAB cumprirá o seu papel estabelecido por lei de defesa da sociedade e da cidadania. Demos um prazo para que o Estado buscasse uma solução administrativa para essa questão. Como não tivemos resposta, ajuizamos a ação em defesa dos alunos pedindo que seja divulgada a listagem atualizada sobre a classificação dos candidatos e vagas e que todos os candidatos que concluíram o curso sejam empossados nas suas respectivas funções”, explicou o presidente da OAB Maranhão Thiago Diaz.
O Procurador estadual de Defesa das Prerrogativas, João Bispo Serejo, destacou que a OAB só se manifestará nos autos do processo. “Toda e qualquer informação sobre a demanda deverá ser requerida via e-mail, e em respeito a autonomia do Poder Judiciário, qualquer manifestação nossa será feira nos autos do processo. Aproveito o ensejo para agradecer a colaboração da nossa Comissão de Direito Militar que nos auxiliou nesse trabalho”, observou.
Entenda o caso:
Em 2017, o Governo do Estado realizou concurso para novos policiais militares. Na oportunidade, os aprovados precisaram se submeter a um curso de formação realizado em tempo integral e tiveram que deixar o emprego para a dedicação exclusiva ao curso e não conseguiram voltar ao mercado de trabalho.
No total, mais de 3 mil soldados foram capacitados. Até o momento, aproximadamente 1300 foram efetivados na função, os demais, 1.700 aguardam nomeação. Os concursados já fizeram manifestações e acamparam em frente ao Palácio dos Leões numa tentativa de negociação com o Governo, mas não obtiveram êxito.