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Esquerda e direita devem travar embate duro na disputa pela Prefeitura de São Luís

Mesmo faltando ainda os nomes do PT – que pode ser e do deputado estadual Zé Inácio ou o delegado Lawrence Melo (?!) – e do MDB – que ainda aposta na ex-governadora Roseana Sarney -, o quadro de pré-candidatos a prefeito de São Luís está praticamente fechado, com um número de pretendentes de esquerda maior do que os da seara da direita. Pela esquerda estão definidos o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB), o deputado federal Bira do Pindaré (PSB), o radialista Jeisael Marx (Rede), o ex-juiz federal Carlos Madeira (Solidariedade), o jornalista Franklin Douglas (PSOL) e o servidor público Saulo Arcangeli (PSTU), podendo esse campo abrigar ainda o pré-candidato do PT.

Já o campo da direita conta com o deputado federal Eduardo Braide (Podemos), o deputado estadual Adriano Sarney (PV), o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) e o deputado estadual Neto Evangelista (DEM) e Detinha (PL), devendo o grupo ser incrementado com o candidato do MDB, especialmente se Roseana Sarney topar entrar na briga. Um território do centro abriga as pré-candidaturas dos deputados Duarte Júnior (Republicanos) e Yglésio Moisés (PROS).

Por mais claras que sejam as posições ideológicas dos pré-candidatos, a disputa pela Prefeitura de São Luís não deve destacar esse aspecto. Haverá, sim, pancadaria contra a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) por parte dos candidatos da direita e do centro, e também da esquerda mais zangada, enquanto os esquerdistas mais afinados com a linha de ação do governador Flávio Dino (PCdoB) deverão confrontar as propostas da direita e, em alguns casos, defender o atual governo municipal. Os candidatos da direita, notadamente Eduardo Braide e Wellington do Curso, farão carga pesada contra o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o governador Flávio Dino, com o objetivo de estadualizar a disputa visando o confronto de 2022.

Eduardo Braide quer ser prefeito e sonha ser governador, enquanto Wellington do Curso sonha ser prefeito, mas batalha mesmo é sua reeleição de deputado estadual. No campo da direita, a posição mais delicada será a do deputado Neto Evangelista (DEM), caso seja confirmada a aliança do seu partido com o PDT, porque ele terá de defender o prefeito Edivaldo Holanda Júnior de ataques de candidatos tanto da direita quanto da esquerda.

Se todos os atuais pré-candidatos forem confirmados, é provável que haja confrontação dentro dos dois campos. No campo da esquerda, alguns pré-candidatos poderão tentar crescer atirando em Rubens Júnior, a exemplo do que já fez Franklin Douglas, do PSOL, que usou rede social para disparar chumbo grosso contra o representante do PCdoB. E a julgar por campanhas anteriores, ninguém duvida de que Saulo Arcangeli, do PSTU, vai metralhar em todas as direções, alimentando a prática e o discurso do seu partido. Dificilmente Rubens Júnior partirá para o confronto com esses pré-candidatos, sendo quase certo que o eixo da sua campanha será propositivo, valorizando o embate direto com Eduardo Braide.

O que não se sabe é até quando que ele ficará indiferente à pancadaria. Bira do Pindaré faz pré-campanha com o projeto “Pensar São Luís”, mas deve partir para o confronto direto com Eduardo Braide, podendo também confrontar Neto Evangelista e até mesmo candidatos da esquerda. E a julgar pela pré-campanha que vem fazendo, Jeisael Marx será crítico alvejando os dois campos.

Os dois pré-candidatos do centro, Duarte Júnior e Yglésio Moisés, dois políticos jovens, ousados e com grande potencial de crescimento, poderão confrontar os dois campos. Isso porque os dois – que já andam se engalfinhando nos bastidores – sabem que só terão chance de crescer se se destacarem no embate com os demais postulantes. Cada um a seu modo, os dois têm mostrado inclinação pelo confronto nos seus movimentos na Assembleia Legislativa, o que significa dizer que como candidatos a prefeito de São Luís vão jogar pesado contra os concorrentes, sejam da direita, principalmente Eduardo Braide, ou da esquerda, notadamente Rubens Júnior. Única mulher na disputa e situada à direita, Detinha ainda nada sinalizou sobre seu discurso de campanha.

O fato é que os pretendentes, tanto os de esquerda quanto os de direita, e junto com eles o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, devem se preparar para o confronto, que será duro. Afinal, o que está em jogo não é somente um mandato de prefeito de São Luís, mas projetos de poder que vão muito além das fronteiras da Ilha de Upaon Açu.

 

Por Ribamar Corrêa

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