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BRONCA | Deputado General Girão registra boletim de ocorrência contra Dino por suposta agressão

Por O GLOBO

O deputado General Girão (PL-RN) registrou um boletim de ocorrência contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, por suposta agressão ocorrida no último dia 14, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. No documento, ao qual O GLOBO teve acesso, Girão afirma que Dino “tentou intimidá-lo, partindo para as vias de fato e o agrediu na região do tórax”. O ministro nega as agressões físicas e diz que, diante dos xingamentos proferidos, “a reação foi aproximar-se e pedir para o agressor deixar de ser mal-educado e grosseiro”.

A assessoria de Girão afirmou já ter solicitado judicialmente as imagens do aeroporto, junto à Infraero, que comprovariam as agressões. Em plenário, Girão afirmou que foi chamado de “moleque” por Dino.

“Dino passou por mim, de longe, e fiz um gesto com a cabeça. Ele veio perguntar se eu estava falando com ele. Dino colocou as duas mãos no meu peito e mandou que eu me cuidasse. Ele estava acompanhado de policiais federais. Pedi para que não me encostasse e ele me chamou de moleque. Este sujeito é cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF), é um absurdo. Se ele se porta assim antes de ter um cargo tão importante em mãos, imagine depois” afirmou.

O assunto dominou os debates na Comissão de Segurança Pública da Câmara, que tem maioria bolsonarista. Deputados fizeram falas em repúdio à suposta agressão do ministro. Fontes ligadas ao PL afirmaram que o partido estuda uma representação no Ministério Público contra Dino. A legenda também deve fazer o requerimento das imagens. Entre os governistas, entretanto, o assunto é tratado como uma “polêmica forjada para atacar Dino, que é o favorito para ocupar a vaga no STF deixada por Rosa Weber”.

Em nota, o Ministério da Justiça negou as agressões: “O ministro Flávio Dino nega agressões físicas. Pelo contrário, diante de xingamentos proferidos pelo citado senhor, que o Ministro não conhecia, a reação foi aproximar-se e pedir para o agressor deixar de ser mal-educado e grosseiro. Há várias testemunhas”.

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